Olá a todos, especialmente a ti.
Seguindo, mais uma vez, uma ideia de um dos comentadores deste blog lanço para discussão o tema: O papel e desempenho da Igreja (e seus agentes) na vila de S.Torcato. Um tema delicado para alguns, digno de discussão para outros. Transcrevendo a ideia para discussão do comentador Sérgio Gonçalves, pretende-se saber "A satisfação dos Torcatenses com o papel da igreja e do padre da vila, as virtudes e defeitos, o que fez pela vila e o que podia ou deveria ter feito...". Este tema promete, na minha opinião.
Em relação a este assunto sou muito crítico . Há muita coisa que não consigo perceber na igreja. Atenção, não confundir igreja com a religião católica. Não me entra na cabeça uma série de procedimentos e acções que nos impõe e insistem em impor mesmo que nós não queiramos, mas aceito que alguém perceba. Não consigo perceber porque se pagam 7,5€ por mandar “dizer” uma missa, que não é mais do que dizer o nome da pessoa no início da mesma. Percebo e respeito o significado que isso possa ter para as pessoas , não percebo é a quantia. A fé que muita gente tem ao mandar “dizer” uma missa por uma pessoa já falecida faz com que em muitos dos casos “estourem” a reforma/ordenado à conta desta quantia ridícula. Que custo adicional tem para a igreja dizer o nome da pessoa? Já não chegam os peditórios e as esmolas? Não entendo. Também não entendo os peditórios para a festa do senhor, da senhora, etc. Aliás, entendo, porque as pessoas se querer usufruir dos acontecimentos da igreja e do que ela proporciona em termos religiosos têm de contribuir. Só não entendo é que grande parte dessa quantia é desperdiçada em foguetes que são uma coisa maravilhosa para o ambiente e que produzem um som magnífico, lindo, digna-se de passagem. Faz-me acordar, normalmente ao Domingo de manhã, com outra alegria. Poupem-me! Também não consigo perceber porque é que não deixam alguém ser padrinho/madrinha de uma criança porque se passa mais tempo na casa do namorado(a). Há tanta coisa que não consigo entender e que era preciso um grande texto mesmo para o dizer...e um advogado também. Destaco as que para mim são mais aberrantes...e mais fáceis de se dizer.
Mas será que, para mim, a igreja só tem defeitos? Claro que não. Destaco uma virtude bastante boa. O poder moral que esta pode ter nas pessoas e em alguns valores importantíssimos que transmite. Uma missa deve servir para isso mesmo. Não como uma obrigação, mas sim para escutar (algumas) profecias que fazem todo o sentido para a constituição da identidade de cada um. Sei que muitos devem estar a dizer: “Mas oh JP, não é preciso ir a missa para se aprender isso!”. E eu respondo, pois não.
Bom, em relação à prestação do padre da comunidade torcatense, João Fernando, penso que no geral, os fies estão contentes com a sua prestação na comunidade. Admiro a sua frontalidade nos “sermões” que apresenta, no sentido mais comum da palavra. Admiro também o modo como cativa os seguidores, mas sinceramente já não admiro tanto o modo como tenta abordar os menos seguidores. Compreendo o seu papel, mas em certos momento poderia ser mais contido.
Acho que também é de destacar o projecto do novo salão paroquial, impulsionado pelo Padre João Fernando, que ao que tudo indica irá avançar, sendo apenas uma questão de tempo. No meu ponto de vista esta obra, pelo que apresenta, colmatará grandes falhas que actualmente existem na vila. Um grande contributo para o desenvolvimento local, sem dúvida.
Posto isto, já repararam que não sou a pessoa mais indicada para dar uma visão muito aprofundada do tema, mas acima de tudo dei uma visão sincera do que aprecio e repugno na prestação da igreja, nomeadamente em S.Torcato.
JP
Nota: Se me surgir mais algo para dizer sobre este tema faço-o como comentário, pois sei que ainda há muito para se discutir. Vou acompanhar os vossos comentários entrando quando necessário em discussão, como tenho feito normalmente.